Lucas Amorelli (Diário)
Habilidoso negociador, especialmente, quando esteve à frente do Batalhão de Operações Especiais (BOE), o vereador João Ricardo Vargas, à esquerda na foto acima, (PSDB) foi o escolhido pela gestão Jorge Pozzobom (PSDB) para ser o líder do governo na Câmara de Vereadores em 2018 e tratar com os rebeldes da base. Seis integrantes da base da situação passaram para o outro lado e, junto com a oposição, elegeram Alexandre Vargas (PRB) para comandar o Legislativo este ano. Logo depois da derrota, o governo reuniu os 10 parlamentares fiéis à prefeitura para uma primeira conversa e já oficializou Coronel Vargas como o representante no Legislativo.
O tucano está ciente da tarefa e pretende conversar com o prefeito logo após ele voltar das férias, ainda na primeira semana deste mês, para "fazer um diagnóstico" dos motivos da derrota do governo na Câmara, que iniciou 2017 com 16 parlamentares. Também quer se cercar do maior número de informações da administração, tanto de ações quanto de problemas. Embora os seis dissidentes afirmem que continuam na base, nada será como antes. "Ou está de um lado, ou está de outro", avalia Coronel Vargas (na foto, à esq., durante a sessão de quinta-feira). Ao mesmo tempo, o novo líder não acredita que projetos importantes para a cidade possam ser inviabilizados em prol de "ações individuais." Já do presidente Alexandre Vargas, o tucano espera uma atuação de "magistrado" e que prevaleçam os interesses da cidade acima de questões partidárias.
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Já o chefe da Casa Civil do governo, Guilherme Cortez, afirmou que o governo dará continuidade ao diálogo este ano.
- Temos bastante trabalho a ser concretizado em 2018 - afirmou.
A gestão tucana não irá admitir publicamente, mas não deve vender barato a derrota para a direção da Mesa. Em entrevista, o prefeito admite que haverá mudanças em cargos de confiança e, é bem provável, que sobrará para os indicados dos seis vereadores rebeldes.
Uma coisa é certa, Coronel Vargas irá exercitar constantemente a sua habilidade de negociador, tanto na interlocução com o próprio governo, quanto com os rebeldes e o restante da oposição.